Crônica - O Pão do Céu
JESUS CRISTO
CRÔNICA – O PÃO DO CÉU
Eis aqui à nossa frente Irmãos, pães feitos com ingredientes terrenos, produzidos a partir da mistura da farinha (flor de farinha), do sal marinho, do açúcar mascavo, do azeite extra virgem de oliveira e do fermento, amassados pelas mãos de um homem, e assados no forno à lenha. Mas, esses pães estão aqui com a finalidade de simbolizar algo mais importante do que eles mesmos, pois há em nosso meio, aqui, agora, outro pão, esse sim, invisível, espiritual, que não é feito por mãos de homens, nem são utilizados ingredientes terrenos, mas tão somente ingredientes espirituais, quem sabe: três medidas de amor, uma colher de sabedoria, uma medida de fidelidade, uma pitada de prudência, uma colher de santidade, uma medida de disciplina e sim uma colher bem cheia de azeite puro do Espírito Santo, com a massa levedada pelo fermento do Reino dos Céus, amassados pelas MÃOS mais poderosas do universo, e assados, por fim na fornalha da sua LUZ; preparados na medida certa, para cada um de nós, por AQUELE que tudo criou. Esse é o pão do qual ELE nos tem alimentado diariamente. Esse Pão da Vida, que desce do Céu, e dá sentido à nossa existência, pregando e ensinando o Santo Evangelho a todos quantos lhes são levados a Palavra de Deus, vem nos exortar a uma tarefa singular: alimentar a multidão, multidão essa, faminta por algo que ainda nem eles mesmos conhecem, mas, que o seu coração, vazio e envolto ao sofrimento humano, necessita para se desprender das amarras do pecado. Essa tarefa tão importante, designada aos discípulos do MESTRE, carece de sabedoria para ser cumprida. Sim, porque a nossa parte consiste em distribuir os pães, e tão somente isso. Não podemos retê-los para nós, porque seria insensato da nossa parte. O que faríamos com tantos visto que a nossa parte, a qual sacia a nossa fome, também já nos foi dada? Se os retivermos, estaríamos negando aos outros o alimento que lhes foi preparado. Também não podemos vendê-los, porque está escrito “... de graça recebestes, de graça dai (Mateus 10: 8)”. Também não podemos modificá-los nos seus ingredientes originais, pois, se assim o fizermos, estaríamos alterando o que saiu da boca do PAI, e seria o nosso evangelho, e não o DELE. Igualmente, não podemos facilitar para quem o recebe, na sua deglutição; quem sabe passar uma maionese nesse pão, ou uma manteiga bem suculenta, ou ainda um melado de cana para adoçá-lo, para que seja melhor ao paladar e mais fácil de comer. Não, não podemos fazer isso. Não podemos alterar o sabor daquilo que veio do Céu. Pois se assim o fizermos, aqueles que o comessem não saberiam mais distinguir o sabor da pureza. Não haveria mais diferença para a multidão entre aquilo que é santificado daquilo que é profano e imundo. Também, não podemos mastigar o pão por ninguém, e depois dar aquilo que foi mastigado para outro comer. Não somos cães para se comportar como eles. Cada um mastigue a sua própria comida. E por fim, aqueles que são discípulos precisam ter prudência quando ouvirem as reclamações daqueles que vão receber os pães e comê-los. Sim, meus Irmãos, o Pão que vem do Céu não vem para agradar o homem, mas para transformá-lo. E muitos vão reclamar da consistência do pão. Uns vão dizer: que pão tão duro de comer, tão difícil de digerir, machuca, até na hora de engolir. Para esses tenho uma resposta: Ora, será que o coração não anda igualmente duro? Será que as palavras que saem da boca também não estão machucando quem as ouve? Outros dirão: mas que pão apimentado! Arde tudo por dentro! A esses eu respondo: melhor arder aqui e agora e entrar na Vida Eterna, do que ser lançado no fogo que arde pela eternidade! E haverá quem diga: mas que pão tão sem gosto! Não tem gosto de nada! A esses eu até repreendo: Perdestes a vossa sensibilidade para com as coisas de Deus! Estais a um passo da condenação! Ide e arrependei-vos, e clamai a Deus, para que o Senhor volte a derramar O ESPÍRITO SANTO dentro de vós!
Então, amados, chegou o momento, da distribuição dos pães. Para nós que somos discípulos, seria mais fácil despedir a multidão para que cada um comprasse o pão que quisesse para saciar a sua fome pelas aldeias do caminho, mas, Jesus, não quis assim, Ele multiplica os pães, hoje, e nos diz assim: “Não é mister que vão; dai-lhes vós de comer”. Cada um tome certa quantidade desses pães e distribua, e, também tome um pão para si mesmo.
Por Paulo Ricardo Souza Júnior,
Aula ministrada na Escola Bíblica Dominical na Igreja Assembleia de Deus
Sítio do Capivari – Ingleses do Rio Vermelho – Florianópolis – SC
16/09/2018