Entrevista com o Sonhador
Entrevista com Paulo Ricardo Souza Júnior, autor do livro intitulado ASTRA – O Guerreiro da Luz, realizada em 09/07/2013.
Do que se trata essa obra?
Trata-se de uma aventura do gênero “Realismo Fantástico”. É uma viagem de descoberta tanto interior quanto exterior, onde os personagens trilham por muitos caminhos, encontrando-se muitas vezes na necessidade de decifrar enigmas, pois a vida deles depende disso. Surgem também muitas questões a respeito de Deus e de seus desígnios. O texto é divido em três partes. Na primeira parte o leitor viajará numa dimensão de existência etérea e de muita pureza, de onde se origina a motivação de tudo. A segunda parte é um contraste abrupto entre o espiritual e o mundano, onde se vê o cotidiano da vida com todos os seus problemas, ilusões e frustrações. É um verdadeiro choque, pois de uma atmosfera elevadíssima de felicidade, mergulha-se num mundo carnal, vil, mesquinho, mau, contrastando com a coexistência da alegria, da bondade, e do amor, ou seja, a dualidade das crenças e relacionamentos humanos. Também aí, ocorre uma intensa história de amor, muito bonita e até mesmo apaixonante. A terceira parte é uma jornada espiritual, onde os personagens são transformados em outros, passando então a enfrentar desafios avassaladores numa específica dimensão chamada de: A Trilha dos Desafios. Nessa etapa acontecem muitas surpresas, e até mesmo reviravoltas acarretando situações inesperadas na narrativa. Cada desafio vai levantar temas e discussões acrescentando aprendizado ao leitor. A obra foi ilustrada pela minha mulher, sendo que os desenhos enriqueceram toda a história, realçando o contexto de cada capítulo. O final é simplesmente surpreendente.
Qual a principal mensagem?
O livro propõe um desafio ao leitor: o de entrar na narrativa e de participar das aventuras dos personagens, ora chorando, ora rindo, entristecendo-se, alegrando-se; enfim, sentindo como se estivesse vivendo dentro da história. Essencialmente o tema tratado é o drama humano, com todas as suas adversidades e problemas de relacionamento, bem como questionamentos a respeito da própria existência. Dentro desse contexto, a obra expõe algumas respostas que, eu, como autor, encontrei ao longo da minha vida. O livro não tem a pretensão de responder às perguntas individuais e dar soluções para a dramaticidade humana, porém, de uma forma cativante, se o leitor assim se permitir, um Caminho a seguir é claramente apontado. Cada pessoa vai decidir por si mesma se aceita encarar nessa jornada de mistérios da sua própria vida, ou não.
Como veio a ideia de escrever essa história?
Pode parecer brincadeira, mas a inspiração veio durante a partida de futebol entre a seleção brasileira e a seleção holandesa na Copa do Mundo de 1994. As ideias iniciais foram tão fortes que tive que parar de assistir ao jogo por alguns momentos, e começar a escrever. Nos dias seguintes continuei a desenvolver a narrativa, a mão livre mesmo; também fazia desenhos e ilustrações, pois a princípio eu acreditava que essa história era destinada ao público infantil. Depois percebi que na verdade ela era indicada para os jovens, e para os adultos também. Ao longo dos anos, entre outras atividades que exerci, fui fazendo muitas anotações, rascunhos, e idealizando a organização dos capítulos. A partir de 2010 me determinei a passar tudo para o computador e escrever a parte que faltava. A construção da história veio como se ela tivesse vida própria, o que me impressionou muito, pois eu não tinha noção do que era ser escritor, e isso me soava estranho: Como uma história pode se fazer sozinha? Eu não entendia isso. Até que uma escritora, conhecida minha, esclareceu que era assim mesmo. Então relaxei, e deixei a criatividade à vontade. Depois enfrentei o desafio de revisar a obra e tive que fazer muitas alterações visando uma leitura mais fluida e agradável.
Os temas tratados tem alguma coisa a ver com a sua vida pessoal?
Em certa medida, sim. Muitas coisas eu vivenciei, outras vi acontecer na vida de pessoas da família, e outras na vida de conhecidos. Hoje, com uma visão mais crítica, percebo a influência que, com o passar do tempo, agiu sobre a minha mente criando situações e argumentos dentro da narrativa. Poderia citar vários autores, livros e filmes, dos quais tomei conhecimento, no entanto, a influência maior e determinante, que norteou toda a mensagem, foi a leitura e o estudo da Bíblia Sagrada, bem como a inspiração do Espírito Santo de Deus. Porque sem a influência de Jesus Cristo, o desenrolar dos acontecimentos, ainda que seja uma ficção, não teria sentido.
Para quem você recomenda a leitura desse livro?
A leitura é recomendada a todos que gostam de aventura, que curtem uma narrativa cheia de mistérios, e para quem aprecia uma história de amor, onde os personagens abrem mão de muita coisa para ficarem juntos. O tema faz a gente pensar muito. De certo modo eu considero até um livro de autoajuda, por tudo o que é ensinado. Também recomendo especialmente ao público jovem e adolescente, pois a nossa juventude precisa se inspirar em personagens que acreditam no Bem Superior, que amam, e que estão realmente preocupados com os caminhos que o ser humano tem tomado, e as consequências que este tem sofrido. A minha opinião como leitor; e essa faço questão de deixar: é que me apaixonei por essa obra. É a história mais linda que já li.